sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Lápis khol que não cola

Gosto de maquilhar os olhos. Gosto, quando o tempo me permite, de ficar a olhar para as minhas paletes e decidir que desenho vou fazer e que cores vou usar. Gosto de pôr um Khol e descobri que Waterproof não significa nada para os meus olhos. Qualquer risco que eu faça com lápis tem um tempo de duração limitado, normalmente inferior ao tempo que eu demoro a voltar a casa. As minhas pálpebras (principalmente as móveis) sugam tudo. Aparentemente são a única zona oleosa do meu corpo.

Uso o primer de sombras da Zoeva (Eyeshadow fix long wear Matte) e ainda assim o lápis não dura, mas a sombra já se mantém.

Uso, por isso, o truque de pôr sombra mate da palete Naked Basics da Urban Decay no tom foxy que é bastante neutro (uso antes do lápis) e já consigo mantê-lo mais algum tempo.

Ao olhar para os meus animais de estimação percebi que todos têm riscos escuros na zona periocular que, parece, tem a função de substituir os nossos óculos escuros, ou seja, protegem os olhos da luz solar. No nosso caso é apenas um ritual de embelezamento, para o qual fomos, provavelmente, buscar inspiração aos animais.


Entretanto experimentei na Douglas o Effortless Kohl Eyeliner da Burberry que me pareceu aguentar bastante tempo. Custa 30€ na Douglas mas o site da Burberry tem envios gratuitos para Portugal e a única coisa que tem preços acessíveis é a maquilhagem. Deixei portanto as famosas trench coats (antigamente chamadas gabardinas), que custam 500€ em saldo, para os ingleses e encomendei o meu eyeliner Kohl a 22€, que chegou numa embalagem linda e refinada. Claro que percebi entretanto que também este lápis necessita, para além do primer, da sombra neutra ou também ele desaparece ao fim de algum tempo. Acabei por me render mais uma vez à Urban Decay, mas guardarei para outro texto.





* texto adaptado das minhas crónicas na Umbigo Magazine

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Curvex, o instrumental de tortura essencial

De toda a parafernália de objectos que uma mulher que se maquilhe deve ter, o Curvex é o mais insólito. A primeira vez que ouvi falar dele na blogoesfera, pensei que era uma alcunha que davam a qualquer coisa bastante importante e complexa de usar e até de adquirir. O nome em inglês é Curler e por aí mais facilmente se percebe que é um encaracolador, um enrolador de pestanas. Claro que ainda assim, estamos longe de pensar no aspecto do objecto visto estarmos ainda banzados com a ideia de existir e até de ser usado e comprado (por vezes a preços bem elevados).


Claro que quando descobri este acessório tive que ir a correr comprar um para experimentar. Comprei um da marca Sephora e até agora não me desiludiu. Confesso que não sou muito pestanuda (nem em quantidade nem em comprimento), mas também não tenho umas pestanas daquelas muito tesas. Até são naturalmente reviradas para cima.

Quando vou à ginástica e organizo a bolsinha dos indispensáveis de maquilhagem, o gigante Curvex não está no núcleo duro dos essenciais. Mas confesso que faz toda a diferença até nas minhas pestanas reviradas. Tenho de pôr três camadas de máscara e ainda assim as minhas pestanas parecem umas palmeiras condoídas. O uso do Curvex exige algum treino para que não se belisque nem arranque as pestanas, mas com alguma paciência e sensibilidade facilmente dominamos a arte de enrolar pestanas.

* texto adaptado das minhas crónicas na Umbigo Magazine

Grooming de Sobrancelhas

Há uma história paralela da humanidade que é feita através do desenho da sobrancelha: mais longa, mais peluda, monosobrancelha, mais arqueada, quase inexistente como nos anos 60 (ainda hoje as nossas mães sofrem pela sua ausência).

A Lisa Eldridge tem um tutorial no seu site sobre como fazer uma maquilhagem masculina. Nesse tutorial, para além de uma maquilhagem bastante minimal toda em tons nude (o nome contemporâneo do que antigamente se chamava bege, termo hoje em dia só usado por pessoas com mais de 70 anos), incluindo a sombra e o blush, Lisa trabalha de forma bastante pormenorizada as sobrancelhas. Para além de engrossá-las e escurecê-las, ela endireita o contorno inferior junto ao olho e que normalmente temos mais ou menos arqueado.


Isto para dizer que o desenho da sobrancelha, seja natural ou construído, define o olhar e portanto toda a expressão do rosto. Logo, o que quer que se pense fazer, deve ser bem maturado e estudado com um profissional. Hoje em dia as sobrancelhas querem-se naturais, de preferência com alguma espessura, graças a meninas como a Cara Delevingne. Deve ter um contorno bem definido e na maior parte dos casos preenchida. Há vários tipos de produtos para o fazer. Desde lápis, até ceras e géis fixadores. Há também quem use sombra para esse preenchimento. Eu uso um lápis da Bourjois, o Sourcil Précision. As sobrancelhas bem preenchidas dão um ar mais jovem, pois faz parte do envelhecimento a queda de pelagem corporal.

Como tenho muito poucos pêlos nem sequer depilo as sobrancelhas. Limito-me a arrancar com pinça os pelitos que nascem tipo cactos à volta do contorno natural. Em seguida preencho com o lápis. Faz parte do meu ritual de maquilhagem quotidiano. Descobri muito recentemente o preenchimento com sombra. Utilizo uma sombra da palete Naked Basics da Urban Decay (ainda não me decidi se com o negro crave ou o castanho Faint) e um pencil da Zoeva, o 226/smudger e sinto que a sobrancelha fica com um contorno mais definido do que com o lápis, mas ainda assim bastante natural. Embora pense que o mais simples é frequentemente melhor, estou cheia de curiosidade para comprar um dos produtos da Benefit, que é tão consagrada pelos seus produtos para sobrancelhas, mas vou dar mais tempo para esta experiência com sombra.

* texto adaptado das minhas crónicas na Umbigo Magazine

Bem-vinda às Crónicas da Penélope


Nunca me preocupei muito com cremes ou produtos de beleza. Comecei a usar os três passos (limpar, tonificar e hidratar) por volta da adolescência tardia, mais por insistência da minha mãe que por interesse próprio. Nunca pensei que me fosse acontecer dar mais de 10€ por um creme ou perder mais de cinco minutos numa rotina diária de beleza.

Não aconteceu até aos trinta e muitos, altura em que a minha pele enlouqueceu e tive de começar a usar produtos de farmácia e foi na mesma época em que me comecei a maquilhar mesmo que não fosse para sair à noite.

Ainda assim, estava longe de pensar que entrando os “entas” e a par de ambiciosos desejos profissionais e académicos iriam entrar também nas minhas gavetas e prateleiras produtos caros (alguns), comprados após aturadas pesquisas em sites e blogs da especialidade. Sim, o mesmo tempo que o homem médio passa na internet a ver pornografia, eu gasto a ver sites de maquilhagem, produtos de limpeza, tonificação, esfoliação, liftings e peelings. E vou partilhar todas as minhas experiências, opiniões e desejos aqui, sem formatação, mas com muita paixão.

* texto adaptado das minhas crónicas na Umbigo Magazine