De vez em quando há um produto para corpo que merece o destaque que só pretendo dar a produtos de rosto, sejam de cosmética ou maquilhagem. Kiehl's creme de corpo foi oferecido por um amigo e foi uma grande prenda. É um dos clássicos da marca e faz todo o sentido que seja.
O rótulo é de edição limitada, desenhado por Peter Max, que foi o artista oficial desta colecção que celebra as festas de 2015. Todos os anos a Kiehl's convida um artista para desenhar os rótulos para uma colecção especial de Natal. Este ano foi o americano Peter Max, conhecido por ter revolucionado o design gráfico nos anos 60 (nasceu em 1937 na Alemanha) tendo até sido capa da revista Life pelas suas ilustrações e pinturas psicadélicas. Peter Max claro que não respeitou a imagem minimal da marca e desenhou um rótulo lindo com explosões de cor.
Kiehl's Creme de Corps é um creme com uma cor amarelada de maionese e espesso, inodoro que contém manteiga de cacau, óleo de sésamo e betacaroteno e hidrata a pele extremamente seca. O betacaroteno (proveniente de legumes de cor alaranjada como as cenouras) é um poderoso antioxidante usado na produção de vitamina A (o retinol tão eficaz no combate ao envelhecimento da pele).
No Inverno tenho tendência a ter a pele tão seca que é quase atópica, principalmente nas pernas onde escamo praticamente todos os Invernos e a única coisa que o evita e ainda assim nem sempre de forma eficaz, são os cremes de farmácia como o Lippikar da La Roche Posay ou o Xémose da Uriage. O creme da Kiehl's é bastante semelhante a esses dois em textura (talvez um pouco mais espesso) e até na ausência de perfume ou até de qualquer odor, o que o torna ideal para pele sensível, mesmo para as que têm tendência atópica. O seu preço assemelha-se ao dos referidos cremes de farmácia. Uso-o sempre após o banho e consegui passar o Inverno sem que a minha pele tenha ficado demasiado seca.
O único defeito a apontar é a má relação entre o orifício de saída e a espessura do creme, o que o torna completamente desapropriado até cerca de metade do frasco, altura em que deixamos de precisar de o chocalhar que nem loucos e de o apertar com as duas mãos, dificultando o processo de o pôr. Neste momento em que já está a meio basta sacudi-lo para o creme cair e apertar o frasco com uma única mão, mas enquanto se foi gastando, só a sua qualidade me inibiu de o oferecer, tal era a dificuldade de fazer o creme sair da embalagem. Claro que desenroscando a tampa e enfiando lá os dedos se contorna este problema, mas preferindo não contaminar todo o conteúdo, passa-se um mau bocado. Ainda assim, é um creme que vale a pena comprar, eficaz e agradável. Voltarei a ele certamente no próximo Inverno, talvez aproveitando a edição de Natal com um bonito rótulo desenhado por um artista.
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